Sonhar não custa nada. Nosso desafio é fazer os sonhos se tornarem realidade
Acabei de ler os textos de nosso curso, módulo 3. Que maravilha, fantástico, indescritíveis, emocionantes. Quase chorei, principalmente o texto de Suzani Cassiane. Realmente senti orgulho de ser professor a tantos anos, é um aprendizado “magico extraordinário” que preciso aprender.
Eu peguei minha nave espacial e viajei para o planeta de Suzani, a cada linha que falava sobre ler e escrever eram caminhos de sabedoria. Mas quanta sapiência? Só parei de ler, por curiosidade para saber quem estava escrevendo e quais suas referências bibliográficas. Em geral, mestres, doutores e entre eles, adivinha quem? Dona Patrícia. Voltei e terminei de ler, porém, uma angustia e tristeza tomou conta de minha alma, pois tive que retornar ao planeta terra, onde a realidade é outra. Os nossos alunos são ótimos copistas, foram treinados e limitados apenas para copiar. No texto do 6ºano, lendo e explicando a situação do impacto ocorrido no meio ambiente, pergunto qual é opinião deles e o que devemos fazer? Uns procuram no texto palavras presentes na pergunta e copiam uma frase qualquer e quando insisto, eles dizem: Sei lá, vai “sabêê...” Como se usássemos uma ferramenta primitiva, começamos a trabalhar a leitura, a escrita, o aprendizagem, esculpindo uma rocha metamórfica. No final do 9ºano não é uma obra bonita e perfeita como os alunos do planeta de nossos mestre doutores, mas é real e, nós professores nos envelhecemos em média 5 anos a mais do que devíamos, vitimas das “ites” sonhando com a aposentadoria ou mendigando um dia de descanso.
Outro fator que interferem no processo ler, escrever, construir, aprender, realizar, e outras palavras bonitas que nossos pedagogos escrevem, inventam ou reinventam e que contrariam a o processo de apreensão do conhecimento presente na teoria da espiral é o fato de nossos alunos terem memórias de videogame, onde ao passar uma fase para outra, simplesmente deletam, esquecem oque foi trabalhado nas aulas anteriores. Cada aula é como se fosse uma nova fase do jogo. Se repetirmos a aula, eles reclamam como se já soubessem, porém, uma avaliação diagnóstica ou uma solicitação de suas opiniões, logo vem nossa decepção. Como eu gostaria que nossos alunos fossem, pelo menos 1% iguais aos nossos autores extraterrestre. Mas vou continuar trabalhando como se fossem. Não custa nada sonhar.